México propõe delegação diplomática de alto nível para reduzir tensão e mediar entre Rússia e Ucrânia

La guerra em Ucrânia trouxe escassez de alimentos e combustível, interrompeu a economia mundial, Ele polarizou o sistema multilateral e gerou um clima de desconfiança e incerteza internacional, somando-se a outros conflitos que permanecem sem solução, disse o secretário de Relações Exteriores do México na quinta-feira.

Marcelo Ebrard Casaubon participou do terceiro dia do debate de alto nível do Assembleia Geral da ONU para sublinhar a paralisação de Conselho de Segurança antes do conflito, destacando sua inação para acabar com a agressão armada e direcionar um processo diplomático em busca de uma solução pacífica e negociada.

O Conselho, continuou o ministro mexicano das Relações Exteriores, também não conseguiu assegurar a necessária assistência nem apoiou plenamente o trabalho do Secretário geral da ONU e outros atores para desbloquear as exportações russas e ucranianas de grãos e fertilizantes.

Aproximar as partes de mecanismos de solução pacífica

“Por estas razões, o Presidente do México, ciente da responsabilidade individual e coletiva que temos, propõe que uma delegação ou Caucus de Chefes de Estado e de Governo encoraje e acompanhe os esforços do Secretário-Geral, para promover medidas de confiança entre a Federação Russa e a Ucrânia que permitem gerar as condições para aproximar as partes dos mecanismos de solução pacífica de controvérsias indicados pelo Carta das Nações Unidas”, ele levantou.

Ebrard explicou que a intenção é criar um canal diplomático que complementa aos já existentes para interagir com as partes em conflito, reduzir tensões e canalizar a mediação.

Esta delegação seria composta pelo secretário-geral António Guterres, primeiro-ministro da Índia Narendra Modi e o Papa Francisco. entre outros líderes mundiais.

O México já apresentou sua proposta às partes envolvidas e continuará realizando as consultas necessárias “com o único propósito de poder contribuir, como ator imparcial e de boa fé, para gerar o maior apoio possível aos esforços e bons ofícios do Secretário-Geral e do Caucus, cuja formação esperamos prosseguir, com o apoio dos Estados membros da ONU”, disse o chanceler.

abuso de veto

Ebrard atribuiu a paralisia do Conselho de Segurança ao abuso de “nome errado” direito de veto de alguns de seus membros permanentes.

Ele lembrou que seu país, junto com a França, promoveu uma iniciativa que pede aos membros permanentes abster-se de recorrer ao veto em situações de atrocidades em massa. O projeto recebeu até agora o apoio de 106 Estados.

Além disso, o México e 83 outros estados promoveram um mecanismo de prestação de contas pelo qual a Assembleia Geral é instada a realizar uma sessão de emergência cada vez que um veto for registrado no Conselho de Segurança e a convidar os autores desse veto a explicar sua posição, indicou o chefe de relações exteriores do país norte-americano.

"Agora é hora de decidir se queremos dar os passos seguintes para evitar que o sistema continue paralisado diante do enorme sofrimento das pessoas”, acrescentou.

restaurar a confiança

Para finalizar, Marcelo Ebrard ressaltou que a porta do diálogo político não pode ser fechada e negociação diplomática.

“As atuais tensões internacionais não serão resolvidas pela força. Devemos garantir entendimentos políticos e mecanismos de construção de confiança. Sim, restaurar a confiança é um dos nossos maiores desafios”, acrescentou.

Nesse sentido, expressou a convicção de seu país de que a ONU continua a ser uma ferramenta única da comunidade internacional para a resolução pacífica de conflitos e o progresso rumo ao desenvolvimento sustentável.

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